segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

AMOOOOORES , EU ESTOU ESCREVENDO A IB AQUI >> http://liveloveandbelieve.tumblr.com/ ... esqueci de avisar aqui :c

terça-feira, 18 de janeiro de 2011


Segunda parte –
Parei em frente a minha casa e desliguei o carro, fiquei dentro dele por um momento vendo a neve cair no pára-brisa e lembrando aquele sorriso lindo que ela dava quando olhava para mim, isso me fez suspirar. Olhei em direção ao portão e vi Kenny, meu segurança, acenar. Abri a porta do carro e fui correndo para o portão que Kenny estava segurando aberto, eu o cumprimentei e sai correndo para dentro de casa. No momento que abri a porta senti um cheiro de comida, minha mãe estava cozinhando.
Apesar da fama, minha mãe não tinha aberto mão dos costumes que tínhamos antes, e isso incluía cozinhar e me dar broncas. Sorri e fui ao lado dela, ela me olhou e eu dei um beijo em sua bochecha.
- Como foi à escola? – Perguntou mexendo o conteúdo da panela com a colher – Nenhuma fã histérica?
- Só uma dessa vez – Respondi puxando uma das cadeiras da mesa para me sentar.
- É, parece que elas estão mudando – Respondeu minha mãe olhando para mim – ou melhor, se comportando.
- Parece que sim – Respondi – alias, a escola foi ótima, tirando esse imprevisto.
- Qual é o nome dela? – Perguntou minha mãe com a sobrancelha erguida - é bonita pelo menos?
-Sara, e sim, ela é linda – respondi suspirando, minha mãe revirou os olhos - Ela é morena, olhos castanhos e brasileira, do jeito que eu gosto.
- Hm, parece ser bonita – Ela falou voltando a atenção a panela – e não come nada Justin , o almoço esta quase pronto ! - Advertiu quando me viu com um iogurte na mão.
Coloquei o iogurte de volta na geladeira e me virei para ir para meu quarto.
- Quando estiver pronto me avisa, tá? Estou morrendo de fome - Falei olhando para minha mãe.
- Ok, Justin. Vai se trocar – Respondeu ela acrescentando sal ao conteúdo da panela.
Subi as escadas e entrei no meu quarto, minha mãe havia arrumado a bagunça. Tirei a jaqueta de couro e depois a blusa, joguei-as no chão. Tirei a calça e o tênis, depois abri o armário e puxei a minha calça de moletom e minha blusa de frio e as vesti. Sentei na cama com meu notebook na mão, digitei o site do twitter quando ele por fim ligou e olhei meus mais de seis milhões de seguidores, respirei fundo e digitei hey, em menos de um segundo apareceram mais de milhares de replies. Suspirei e lembrei que essa era minha realidade agora, não a que eu vivi ao lado de Sara na escola.
Olhei em vão os meus seguidores tentando procurá-la entre eles, por fim conclui que ela nem sabia quem eu era na realidade e muito menos deveria me seguir. Fechei o notebook e fui olhar a neve lembrando que tive que me mudar as pressas para New York porque minhas fãs haviam descoberto o meu endereço em Atlanta e todos os dias eu acordava com uma fã dormindo em minha porta. Não me acostumava com a idéia de ser famoso e muito menos com as loucuras que minhas fãs faziam , isso era insano. Continuei olhando a neve cair sem pensar em nada, depois de algum tempo Kenny entrou no meu quarto.
- Sua mãe te chamou para comer. – Disse ele – E a mulher da Vanity Fair esta no telefone falando sobre uma sessão de fotos e entrevista.
- Ai, fala que eu morri e manda ela à merda.  – Respondi a Kenny fazendo cara de cansado -Fala que eu ligo depois. – Quando vi que Kenny que ia falar isso mesmo.
- Ok. – Respondeu ele saindo do quarto – Aliás, Pattie pediu pra você ir comer – Gritou na ponta da escada.
Me despedi da neve fechando as cortinas e me virei para ir almoçar . Fui descendo as escadas pensando em como Sara era linda e dona do sorriso mais lindo do mundo. Ela me tratava como uma pessoa comum, como se não fosse famoso e isso me deixava feliz.
Entrei na cozinha , vi Kenny e minha mãe conversando, sentados a mesa. Me juntei a eles sentando na cadeira da ponta. Peguei meu prato e comecei a me servir , minha mãe tinha feito minha comida preferida. Olhei para ela e sorri , ela apertou as minhas bochechas.
- Fiz sua comida preferida, você viu? – Ela perguntou com orgulho.
- Vi sim e está uma delicia como sempre! - Respondi, ela sorriu.
- Então coma bastante. – Ela falou - E, aliás, a mulher da Vanity Fair te ligou.
- Sim, já sei o Kenny me contou. - Respondi revirando os olhos - Essa mulher não pára de ligar!
- Sim e acho melhor você responder logo a ligação dela, já cansei da voz daquela mulher. - Minha mãe falou também revirando os olhos - É bom você tomar um pouco de responsabilidade.
- Eu sou responsável, mãe. Só não quero fazer essa entrevista - Falei fazendo bico.
- Então fala isso pra ela, ai ela para logo de ligar! - Falou minha mãe revoltada - Daqui a pouco ela liga e você diz isso a ela.
- Acho melhor você fazer essa sessão de fotos e a entrevista. – Interrompeu Kenny. – Vai ajudar na sua carreira e você vai ficar mais conhecido, a Vanity Fair é uma revista muito conhecida.
- É isso que eu não quero Kenny, ficar mais conhecido. - Falei colocando mais uma garfada na boca. - Daqui a pouco não vou nem poder ir ao meu quarto sem paparazzi em volta. - Finalizei com a boca cheia.
- Você quem decide. – Falou minha mãe respirando fundo. – Só não quero mais ouvir a voz dessa mulher e já disse pra não falar com a boca cheia. – Acrescentou, com cara de brava. - Não perde essa mania.
- Mãe, eu tô em casa. – Respondi engolindo a comida com o susto. - Não faz mal!
- Você que acha. – Disse - Depois você pega a mania...
-... E faz isso na rua – Completei a frase que minha mãe sempre me dizia. – Já sei. Não vou fazer isso, fica tranqüila. Alias, já terminei.
- Ok, coloca o prato na pia e descansa um pouco que mais tarde tem entrevista com a Ellen Degeneres. – Falou minha mãe me lembrando do compromisso que já havia esquecido. – Você já tinha esquecido né? – Perguntou parecendo ler meus pensamentos.
- Lógico que não. – Respondi colocando o prato na pia. – Eu nunca esqueço!
- Você sempre fala a mesma coisa e... – Começou minha mãe.
-... Sempre esquece. - Completei de novo a frase.
- Acho bom você parar de me cortar, não estou achando graça. – Falou quando viu que eu e Kenny ria - Vai dormir, vai! Às 18h00 eu te acordo.
- Ok, mãe brava. – Respondi dando um beijo na sua bochecha. – Às 18h00 então?!
- Sim, filho malcriado – Falou me mandando um beijo, Kenny acenou.
Subi as escadas, abri a porta de meu quarto e me joguei na cama. Meus pensamentos voltaram a Sara e em como ela tinha ficado vermelha quando roubei um beijo dela. Coloquei a mão em meus lábios e sorri. Fiquei deitado por alguns minutos e acabei pegando no sono.
Comecei a sonhar que Sara me olhava no palco e sorria, enquanto eu cantava uma musica que havia dedicado a ela. Depois que terminei de cantar, Sara subia no palco e vinha em minha direção. Coloquei as mãos em sua cintura e a puxei pra perto de mim, vi seus olhos próximos dos meus, ela ficou na ponta dos pés para me beijar... Acordei, correndo em direção a minha mochila para procurar o meu caderno e um lápis.
Procurei uma folha em branco já com a idéia da musica fixa em minha mente, sentei na cama e comecei a escrever. O refrão dizia: ‘ela é a minha garota latina’.
Primeira Parte -
Despertador toca, olho no relógio e são 06h30 me levanto na maior calma do mundo para me arrumar para o primeiro dia de aula. Entrei no banheiro, me olhei no espelho e vi que estava com cara de sono, mas sem vontade de me maquiar. Lavei o rosto e comecei a escovar os dentes.
-você esta atrasada! –gritou minha mãe entrando repentinamente em meu quarto.
-mãe, você me assustou – respondi me virando para olhá-la – eu sei que estou atrasada.
- e porque não se apressa então? – disse ela com cara de desespero.
- já estou terminando aqui e já vou me vestir – respondi pegando a toalha para secar a minha boca.
Ela se virou e saiu do meu quarto correndo ainda a escutei gritando o nome do meu pai antes de entrar na cozinha. Dei risada, pendurei a toalha no cabide e fui em direção a janela olhar o dia. Neve muita neve!
Já vivia a um ano em New York, pois meu pai havia conseguido um emprego irrecusável nos Estados Unidos e acabou tendo que mudar a família inteira para cá. Tive que me acostumar com o clima, às pessoas e a nova escola. Fui bem recebida pelos alunos e fiz alguns amigos, por fim acabei me acostumando, só não aceitava neve em dezembro. No Brasil era verão!
 Fiquei olhando a neve cair pela minha janela e acabei perdendo a hora. Minha mãe entrou de novo desesperada no meu quarto.
-você ainda esta de pijamas?! – disse ela me olhando e gritando – você vai se atrasar, ou melhor, já esta atrasada.
-puta merda – gritou e me virei correndo em direção ao armário.
-você tem dois minutos para se arrumar e ir para o carro, nem café você vai tomar – ela me falou virando as costas e indo para a escada – te espero na escada-ela gritou.
Revirei os olhos e abri o armário. Puxei a primeira blusa e calça que vi e me vesti. Entrei no banheiro rapidinho para pentear os meus cabelos e passar um gloss, depois disso peguei a minha jaqueta na cômoda e sai correndo escada abaixo em direção ao carro. Antes de ir para lá passei na cozinha e peguei uma maçã.
-ok, como você vai pra escola sem mochila? – perguntou minha mãe no momento em que entrei no carro.
-merda – gritei e sai correndo em direção a porta de novo comendo a minha maçã.
-corre minha filha – escutei minha mãe gritar de dentro do carro.
Entrei em casa correndo e vi meu pai na porta com a minha mochila na mão.
-ia pra escola sem mochila pra ter um motivo pra voltar pra casa e continuar dormindo? – perguntou ele com cara de deboche.
-não! Pai! – respondi, puxei a mochila e deixei a maçã na mão dele.
- estou só brincando. Boa aula! – disse ele rindo-alias, o que é isso? – perguntou olhando a maçã na mão.
-é assim espero!Ah é uma maçã – respondi dando uma piscada e rindo.
Sai de casa e corri para o carro. Entrei mais uma vez e minha mãe estava brincando com o acelerador e o freio do carro.
-vai ser legal o dia em que você esquecer que o freio de mão está abaixado e bater esse carro no portão-disse a ela enquanto encaixava o cinto.
-nada haver, eu fico com o pé no freio o tempo todo – disse apertando o controle para levantar o portão.
-mas, do jeito que você é maluca tira o pé do freio e em um segundo você está amassada no portão e eu não estou a fim de ficar órfã tão cedo – falei, ela revirou os olhos, mas mesmo assim sorriu.
-você se preocupa demais – ela me disse – já sou adulta, sei o que faço!
- adulta você é, mas saber o que faz ai tem que discordar! –respondi rindo da cara que ela fez.
- sua tonta – ela falou – eu sei muito bem o que eu faço, agora liga esse radio e cala boca.
Liguei o radio e estava tocando somebody to Love do Justin Bieber, um cantor que fazia o maior sucesso entre as garotinhas, mas que eu só sabia quem era pela minha amiga da escola.
- ah mãe, vou ter que ouvir isso?! – falei olhando pra ela e indo para frente desligar o radio – é chato.
- cala a boca, eu curto – ela falou começando a cantar – alias, esse menino é um gato!
- é mesmo? Tem mó voz de pivete – encostei-me ao banco e fiz cara feia – ele deve ter o que, uns 13 anos de acordo com essa música.
- pra sua informação ele tem 16 e é um gato sim!- ela respondeu fazendo cara feia- E agora cala a boca que eu to escutando- começou a cantar com uma voz horrível.
Fiz uma cara de desespero e dei graças a deus que já tinha chegado à escola. Abri a porta do carro e me despedi da minha mãe, ela me deu tchau e continuou cantando.
Logo que desci do carro vi a minha amiga Chloé uma menina branca de olhos azuis e cabelos loiros ondulados cortado meio repicado , ela vestia uma calça jeans com blusa de manga comprida e bota , acenei e ela veio na minha direção. Nos abraçamos e começamos a conversar sobre as férias . Ela me disse que tinha ido viajar com a família para a Itália e que tinha adorado o lugar, depois me perguntou como tinha sido as minhas e eu respondi que tinha ido para a Miami e ficado lá com calor e praia, coisa que me fazia lembrar o Brasil.
- Miami, bitch! – disse Chloé rindo – deve ter sido um máximo lá.
-ate que foi legal – respondi – espera deixa dar tchau pra minha mãe.
Virei às costas e acenei, de dentro do carro vi a louca da minha mãe acenar e buzinar. Entrei na escola e percebi que eles tinham pintado as paredes de branco. Não ia durar um minuto na mão dos alunos. Balancei a cabeça negativamente e comecei a rir, Chloé me olhou e eu disse que não era nada.
-temos que passar na diretoria para pegar os horários – disse olhando para Chloé e parando em frente à diretoria – espero que fiquemos nas mesmas salas, igual ano passado.
- é também espero – disse Chloé empurrando a porta– mas, acho que sim. Eles quase nunca mudam os horários.
Cumprimentei a secretária, ela pediu nossos nomes e nos entregou uma folha com os nossos horários. Saímos da diretoria e continuamos conversando. Parei em frente à sala dez e abri a porta esperando Chloé entrar também, vi que ela parou e ficou olhando os horários com a sobrancelha direita erguida. Parei ao lado dela e olhei seu horário, a primeira aula dela era matemática na sala quatro.
-não acredito – eu gritei – a gente não vai ficar juntas?!
- parece que não – disse Chloé me olhando com cara de desespero – vou ter que ir pra sala quatro.
-Chloé pelo amor de deus, não me deixa! Eu não devo conhecer ninguém - segurei o braço dela e comecei a puxar-la para dentro da sala – os horários devem estar errados.
- o Mike deve estar ai dentro – respondeu ela tentando se soltar – me solta!
Fui andando pra trás segurando o braço de Chloé ate bater em algo que parecia ser uma pessoa. Soltei o braço de Chloé e olhei para trás, deveria ser o professor de química, de acordo com o horário. Vi Chloé sair correndo da sala, tentei segura-la, mas foi em vão.
-você deve ser o professor de química!- me virei e perguntei por fim – de acordo com o horário é isso.
-sim, o seu horário está certo eu sou o professor Tom de química e você deve ser Sara de acordo com que eu escuto no corredor – respondeu me olhando – você é brasileira, não é?
-sim, sou eu por quê? – respondi com cara de confuso-e sim sou brasileira.
-ah então é de você mesmo que eles falam! – disse o professor se virando para continuar a explicação – faça-me o favor de sentar?
-eles quem?- perguntei me virando para olhar a sala – e poderia me sentar, mas não tem cadeira.
-ninguém – respondeu – e como não tem cadeira? – me olhou com as sobrancelhas levantadas.
-tem uma cadeira aqui professor – respondeu uma voz atrás da gente – pode se sentar do meu lado , brasileira.
-viu – falou o professor – tem uma cadeira - fazendo sinal para eu ir sentar
Me virei procurando o dono da voz e percebi que não conhecia ninguém na sala ,entrei em desespero e quis sair correndo da sala .Ignorei a vontade e procurei quem havia falado , olhei para o fundo e vi um garoto acenando não reparei muito quem era , só vi que sentava na terceira mesa da fileira ao lado da janela . Fui a sua direção e torcendo para que não fosse mais um daqueles meninos que ficam me paquerando. Sentei na cadeira ao lado, pois as mesas eram com dois lugares e pendurei a mochila no braço da cadeira, tirei o casaco e o coloquei na mochila, depois puxei o caderno e o estojo para fazer os exercícios da lousa. Depois me virei e vi um garoto lindo, com cabelos castanhos e franja jogada de lado. Olhos castanhos claro que estavam meio esverdeados devido ao fato do sol fraco estar batendo em seus olhos, boca carnuda e lábios perfeitos que formavam um sorriso lindo. Ele também era estiloso, vestia calça jeans preta, tênis vermelhos que pareciam ser da loja Supra e blusa branca com gola em formato V. ficou olhando para ele com a boca aberta.
-bonita blusa! – ele falou com um sorriso.
-ah, obrigada – respondi voltando do meu transe e olhando a roupa que vestia pela primeira vez. Era uma blusa branca escrito i New York, calça jeans escura e meu all-star branco – mas, ela é antiga e meio clichê. – acrescentei
-mesmo, assim. Achei-a linda, alias meu nome é Justin!-respondeu e esticou a mão – sou novo aqui na escola.
-prazer Justin o meu nome é Sara-respondi segurando a mão dele- ah, então deve ser por isso que não te reconheci.
-não me reconheceu mesmo? – perguntou ele com cara de desconfiado.
-não, por quê? –perguntei – alias seu tênis é lindo – falei apontando os tênis vermelhos.
-por nada – respondeu Justin balançando a cabeça – ah, obrigada! É daquela loja Supra, sabe?
-ah, eu tinha desconfiado que fosse de lá – respondi rindo.
- então desconfiou certo – disse Justin rindo também.
Respondi com um sorriso e ele sorriu também, senti meu coração disparar com aquele sorriso. Simplesmente ignorei as batidas loucas do meu coração e comecei a copiar o texto da lousa. Depois de um tempo me peguei olhando pra ele de novo e ele percebeu.
-algo errado? –perguntou ele com um olhar curioso – você não para de me olhar.
-er, não lógico que não! É que, tava vendo, ou melhor... – gaguejei sentindo minhas bochechas queimarem, quando isso acontecia é porque eu estava vermelha.
- não precisa se explicar nem ficar vermelha, eu só estava brincando- disse Justin rindo e me olhando com malicia.
Virei-me pra frente para frente e comecei a prestar atenção no professor super envergonhada ‘droga Sara , você só ferra!’pensei. Depois da explicação, o professor pediu para fazer alguns exercícios, fiquei tão concentrada resolvendo as questões que nem escutei o sinal bater.
-hey shawty! O sinal já bateu – disse Justin me cutucando – vamos mudar de sala.
-nossa, nem ouvi. – respondi – bom, eu vou para a sala dezoito– acrescentei pegando a minha mochila e olhando o horário.
- acho que você esta me perseguindo! – disse Justin em um tom irônico– a minha sala também é dezoito – acrescentou respondendo ao meu olhar de duvida.
-oh my, acho que é você que esta me perseguindo – respondi rindo.
Fomos andando e conversando em direção a sala dezoito. Justin abriu a porta e era aula de artes. Ao invés de prestarmos atenção na professora doida de artes falando sobre Picasso ficamos conversando sobre nossas famílias. Justin me contou que era canadense e que vivia com a mãe, pois seus pais haviam se separado quando pequeno e eu contei que era brasileira e que tive que me mudar as pressas para cá devido ao emprego do meu pai. Ele sorriu e ficou feliz quando eu disse que era brasileira. Depois de quase uma aula conversando nos levantamos e saímos da sala em direção ao refeitório, pois já tinha batido o sinal do lanche.
No corredor vejo Chloé sair da sua sala correndo na minha direção.
-menina, você nem sabe o que aconteceu! –disse ela gritando – olá sou a Chloé – falou Chloé interrompendo o que ia me falar e olhando em direção ao Justin.
- prazer Chloé, meu nome é Justin – respondeu Justin e esticou a mão para segurar a mão de Chloé que estava esticada.
-prazer Justin – disse ela sorrindo – é Justin, você pode me dar uma licencinha?
-claro – respondeu ele e piscando.
Chloé suspirou e me puxou pelo braço em direção a parede para me tirar do meio da multidão
-desde quando você conhece o Justin? – perguntou ela me olhando com cara de desconfiada.
-deis da primeira aula!- eu respondi olhando pra ela com cara de quem estava confusa – por quê?
-serio mesmo? – perguntou Chloé.
-sim, por quê? – respondi e perguntei de novo já não entendendo mais nada.
-porque era exatamente o que eu vinha-te falar-respondeu Chloé e levantou a mão para evitar a minha tentativa de interromper – o Justin Bieber esta na escola!
-ah, aquele cantor que tu gosta? – perguntei-mas, ele não estava em turnê?-levantei a sobrancelha.
-estava – respondeu Chloé – mas, ele teve que parar e vir alguns meses para a escola. Ele é menor de idade e precisa estudar pelo menos seis meses na escola.
-ah entendi – respondi com um tom de voz meio desacreditado – mas, não deve ser aquele Justin – e olhei na direção de Justin que estava encostado na parede do outro lado do corredor
-lógico que é – gritou Chloé – deixa te mostrar!
 Chloé enfiou a mão no bolso e tirou o celular pra me mostrar o papel de parede dela, era igual ao Justin que estava encostado na parede do corredor nos olhando com cara de curiosidade.
-não acredito que você não se tocou! – disse Chloé - olha pra foto e olha ele. É, isso eu já percebi!
-ta Chloé, já percebi! E guarda esse celular que ele está vindo – arranquei o celular da mão dela e taquei na bolsa que ela segurava meio aberta.
- só te digo que se você roubar meu homem... – começou Chloé, mas parou de falar quando me ouviu dizer cala boca entre os dentes.
-hey, desculpe interromper, mas eu estou com fome e queria ir comer – disse Justin
- estou morrendo de fome-falei ouvindo meu estomago reclamar.
-é, eu também – disse Chloé.
-então, acho melhor a gente ir – disse Justin colocando a mão na minha cintura, Chloé me olhou com cara de poucos amigos.
Fomos caminhando em direção ao refeitório. Enquanto andávamos percebi que algumas pessoas olhavam a cena, outras me xingavam ou se controlavam para não agarrar o Justin que continuava com a mão em minha cintura e olhava para frente com ar de triunfante .quase chegando a porta do refeitório vejo uma menina correndo em nossa direção.
-OH MY GOD, JUSTIN BIEBER! –gritou ela e o agarrou pelo pescoço – eu te amo!
Olho pro lado e vejo uma cena muito tensa, mas um tanto cômica. A menina grudada no pescoço de Justin tentando desesperadamente beijá-lo na boca e Justin lutando sem sucesso para soltar a menina de seu pescoço. Depois de um tempo de tentativas e lutas a menina finalmente o soltou.
-eu te amo, faço tudo por você! – disse ela - pelo amor de deus, me da um autografo?
-ok – disse Justin pegando a canela da mão dela e fazendo uma assinatura rápida no caderno que ela segurava – pronto - respondeu ele.

-obrigada, Justin! –a menina agradeceu com lagrima nos olhos – eu sou sua fan.
-ah me da um abraço – disse Justin – mas, sem tentar me agarrar.
Ela o abraçou e ele a beijou na bochecha. Depois desse imprevisto entramos no refeitório e fomos para a fila da cantina.
-EAE BRASILEIRA! – ouço um grito atrás de mim. ‘Só pode ser o Mike’, pensei.
-Mike! – falei me virando e confirmando o meu pensamento.
Ele me deu um abraço que me levantou do chão, coisa que não era muito difícil de fazer, porque eu era baixinha e ele era super alto. Mike era jogador de futebol americano, o típico americano que todas as meninas sonhavam ter. Lindo, loiro, olhos verdes, musculoso e um sorriso de matar qualquer pessoa. Todas as meninas queriam namorar com ele, mas parecia que ele só gostava de mim. Inúmeras vezes as meninas me falavam isso no banheiro do colégio, mas mesmo assim só o via como amigo. Ele me deu um beijo na bochecha e vi Justin nos olhando com cara de quem tinha ciúmes.  
-como você esta gatona? – perguntou Mike ainda me segurando em seus braços fortes.
-estou bem Mike, - respondi- mas agora me solta?!
- por quê? – perguntou Mike com um sorriso maroto no rosto.
-você sabe que eu não gosto dessas palhaçadas – respondi estendendo o dedo para o pessoal da fila - olha está todo mundo olhando!
-e daí que está todo mundo olhando? –falou Mike já rindo - não vou te soltar.
-Mike, me solta! – falei.
-não – ele falou mudando a expressão.
-esta machucando – falei, tentando me desvencilhar - seu ogro!
-eu acho que ela pediu pra você soltar – disse Justin interrompendo e olhando para Mike- você não ouviu?
Mike me colocou no chão e olhou para Justin com cara feia, eles se encararam por um momento e eu fiquei com medo deles brigarem . Por fim Mike apenas desviou o olhar para minha direção.
-depois a gente se fala – disse Mike me olhando com uma cara meio nervosa.
-ok – respondi para Mike entrando novamente na fila para escolher a comida.
-não gostei dessa brincadeira – falou Justin enquanto eu apontava para a cozinheira o hambúrguer.
-Justin, não se preocupa – respondi e fiquei olhando para ele - o Mike sempre faz isso!
-mesmo assim, - falou Justin - eu não gostei!
-fica tranqüilo, eu me resolvo. – respondi - alias cadê a Chloé? – acrescentei olhando para os lados e vendo que ela não estava ao nosso lado.
-foi procurar um lugar pra sentar – disse Justin - olha ela ali! – falou apontando o dedo a segunda mesa à esquerda.
Olhei e vi Chloé dando tchau, peguei minha bandeja e fui andando em sua direção antes disso avisei Justin. Ele falou que já só precisava pagar e já estava indo. Concordei e me virei andando em direção a minha amiga. Enquanto passava pelas mesas para me sentar a mesa, ouvi alguns cochichos e pessoas olhando para mim, simplesmente ignorei e finalmente me sentei ao lado de Chloé que estava comendo salada. Revirei os olhos e comecei a comer o meu hambúrguer.
Chloé largou o garfo com olhar pensativo e virou para me olhar.
-o que esta acontecendo? – perguntou ela depois de me olhar por um momento.
-acontecendo o que? – perguntei – como assim?
-você e Justin, Justin e você – respondeu ela.
-ah não Chloé – falei pegando o guardanapo para limpar o catchup que escorria pela minha boca - não esta acontecendo nada, não me vai dizer que vai implicar com isso?!
-ah não sei – ela falou – você viu como ele ficou com ciúmes como o Mike te abraçou?
-ficou? – perguntei com o hambúrguer na minha boca – não percebi.
-caraco Sara, você também não percebe nada- disse ela com cara de brava.
-não, coisas bestas eu não percebo mesmo – respondi com a mesma cara de brava.
-primeiro isso não é besteira e segundo não ouse roubar o meu homem – ela me falou me olhando com cara de triunfo – você sabe bem o que vai acontecer! Você nunca mais...
-... Vai ser minha amiga – a interrompi completando a frase que ela sempre dizia – já entendi, não vai acontecer.
 -assim espero! – ela respondeu me olhando com cara de desprezo.
-mas, também investe! – falei - aproveita agora que ele esta vindo! – respondi olhando para trás.
Justin vinha em nossa direção segurando a bandeja com comida. Todos em volta o olhavam. Ele me olhou e sorriu, senti meu coração apertar e retribui o sorriso, escutei Chloé reclamar atrás de mim. Ele se sentou ao meu lado e começou a tirar os talheres do saquinho.
-dizem que a comida dessa escola é maravilhosa! – disse ele colocando a primeira garfada na boca.
Abri a boca para responder, mas Chloé já tinha me atropelado e respondido, simplesmente ignorei e continuei comendo. Depois de alguns minutos vi que ele olhava pra mim, parecia que ele tinha me perguntado algo.
-ele perguntou sua opinião sobre a comida – disse Chloé entre os dentes.
-ah, eu simplesmente amo! – respondi a Justin que ainda me olhava.
- então acho que vou amar também! – falou Justin sorrindo e piscando o olho direito.
Senti meu coração disparar e fiquei com medo dele ouvir, mas mesmo assim retribui o sorriso. Chloé me olhou com cara de assassina, ignorei e continuei comendo. Depois de um tempo terminamos e começamos a conversar, ou melhor, Justin me perguntava às coisas e Chloé me atropelava para responder. Ficamos nessa ate eu perceber que já era tarde.
-que horas são? – perguntei.
-quase 09h00– disse Justin depois de olhar o relógio.
-serio? – perguntei com os olhos arregalados – já esta pra bater o sinal.
-é –disse Justin - os lanches daqui demoram né?
-sim –respondi - lá no Brasil são no máximo 15 min, aqui é 1 hora.
-legal pelo menos a gente descansa dos professores e das matérias! – disse Justin rindo e olhando para Chloé com uma cara de assustado.
Ela ria histericamente de uma coisa que nem tinha graça quando percebeu que olhávamos para ela com cara de assustados, ela parou de rir e ficou sem graça. Depois de ficarmos olhando por um tempo ouvimos o sinal bater. Levamos as bandejas de volta para a cantina e fomos andando pelo corredor.
Olhei para o lado e vi que Chloé não estava, pedi pra Justin aguardar e voltei ao refeitório. vi Chloé ainda sentada à mesa olhando para baixo e fazendo círculos na mesa.
-Chloé, o que esta acontecendo? – perguntei sentando ao lado dela.
-nada não – ela respondeu olhando para o outro lado.
-Chloé a gente é amiga há um ano, mas te conheço a ponto de saber que algo não vai bem – falei – olha para mim, por favor.
-Saramos depois nós conversamos ok? – ela respondeu olhando ainda para o outro lado- não deixa o Bieber esperando.
-mas, Chloé... – falei em vão vendo que ela não ia me olhar.
-vai! – ela falou.
Me levantei e fui andando de volta ao corredor , olhei para trás e Chloé estava olhando uma mosca que estava passando .Resolvi que mais tarde falava com ela . Parei em frente à Justin e ele me olhou com cara de preocupado. Só balancei a cabeça e falei que não era nada. Depois de andar mais um pouco pelo corredor, Justin parou em frente à sala quinze.
-bom, vamos – disse Justin com a mão na maçaneta.
-eu tenho que ir pra sala dez de novo – respondi com um tom triste.  
-ah, serio? –perguntou Justin com uma voz de decepção e me olhou com uma cara triste quando viu que balancei a cabeça afirmativamente – e a próxima aula é em qual sala?
-de acordo com o horário é a sala quatro – respondi.
-a minha também – disse Justin abrindo um sorriso lindo.
-ótimo, então ainda nos vemos – respondi – agora vou indo que a professora já deve estar na sala.
-ok , ate mais tarde – disse Justin acenando e piscando para mim.
Acenei de volta e me virei em direção à sala dez. Ainda no corredor consegui ouvir alguns gritos abafados no instante que Justin abriu a porta de sua sala. Fui andando no corredor e pensando em como Justin era lindo e simpático, ele nem parecia um popstar! Todos eles tinham cara de serem nojento e alem de tudo metidos. Mas, Justin não, ele não se gabava por isso parecia ate que não queria que eu descobrisse que ele era o verdadeiro Justin Bieber, mas eu realmente não me importaria se ele me contasse que é uma celebridade, pois comecei a gostar dele por quem ele é e não por ser um famoso.
Parei e abri a porta da sala dez, olhei para a lousa e estava à mesma professora gorda de historia de todos os anos, ela não gostava de mim porque mesmo eu conversando e não prestando atenção sempre tirava notas altas na matéria dela porque historia era minha matéria preferida. Ela estava passando um super texto na lousa. Respirei fundo e entrei na sala.
-você esta atrasada – disse ela sem nem tirar os olhos do que estava fazendo.
- estou? – perguntei com cara de inocente.
-esta – ela respondeu - agora senta e não me trás problemas! – falou revirando os olhos.
Fui sentar no mesmo lugar em que sentei na primeira aula com Justin, mas dessa vez quem estava no lugar dele era Mike.
-o que ta pegando entre vocês dois? –perguntou no momento que me sentei ao lado dele.
-vocês quem? – perguntei abrindo minha mochila e tirando o caderno de dentro para copiar o texto.
-não se faça de desentendida, por favor! – Mike falou.
- não estou me fazendo, só que realmente eu não entendi! – respondi abrindo o caderno e começando a copiar o texto que estava na lousa - quem são vocês dois?- perguntei.
-você e o Justin! – Mike respondeu com cara de bravo.
-ah não você também?–gritei largando o lápis e olhando Mike.
-bom Sara, acho bom você diminuir o tom de voz e continuar a copiar o texto – disse a professora olhando me olhando com cara feia.
-desculpa professora! Não te interrompo mais!-falei para ela- viu o que você fez Mike? – olhei para Mike com cara de brava.  
-mas, eu sei que tem algo entre vocês dois, eu sinto! – disse Mike ignorando a minha cara.
-virou sensitivo agora? – perguntei a ele sem nem tirar os olhos da lousa.
-não, mas eu sei. Pode ser amor a primeira vista – ele disse com uma cara de quem havia descoberto algo – isso às vezes acontece.
-não tem nada entre a gente! – falei parando de copiar e olhando Mike – e esse negócio não existe.
- a gente quem? – perguntou Mike com cara de confuso.
-Mike?! Depois eu que sou a desentendida aqui né? – perguntei - eu e o Justin! – acrescentei revirando os olhos e voltando a copiar o texto.
-ah achei que você estava falando de eu e você – ele falou me olhando com os olhos arregalados.
-Mike, a gente estava falando de Justin e eu, e você acha que era de eu e você? – falei olhando para ele de novo – você às vezes viaja né!
-mas, enfim pode ser amor a primeira vista sim – disse ele ignorando o meu pedido pra ele calar a boca – pode ser, eu já vi que isso acontece.
- Mike cala a boca – disse eu por fim gritando. 
-semana que vem é você e Mike em cadeiras separadas, - disse a professora olhando para mim - oh cristo, não calam essa boca! – disse ela virando para continuar o texto que passava.
-Mike, se abrir a boca te espanco! – falei olhando para Mike, ele simplesmente se calou.
Continuei copiando o texto ignorando todas as tentativas de Mike para voltar ao assunto. Terminei de copiar o texto no momento que bateu o sinal, joguei todas as coisas na mala e sai correndo pra sala quatro, Justin me esperava encostado na parede ao lado da porta. No momento em que ele me viu seus olhos se iluminaram e ele me abraçou. Achei meio estranho, mas retribui o abraço.
-senti sua falta – ele falou.
-mas, Justin foi só uma aula! – falei com um olhar meio confuso.
-mas, mesmo assim- ele continuou -Naquela sala todas as meninas faziam de tudo pra chamar minha atenção, senti falta de ser tratado normalmente como você me tratou-fez uma cara de desapontado.
-por que não te trataria? – perguntei - Você é uma pessoa normal, eu acho – conclui com um sorriso.
-é, acho que algumas pessoas ainda me vêem como uma pessoa normal – ele me respondeu retribuindo o meu sorriso.
-mas, por que não te veriam? – perguntei com cara de desentendida.
-uma longa historia – ele falou suspirando - vamos para sala que a professora já deve estar vindo.
Entramos na sala e ouvimos coisas do tipo: ‘não acredito que o Justin esta com a brasileira ou nossa que linda ou OMG o Justin Bieber!’ simplesmente ignoramos e fomos sentar na única mesa com dois lugares vazia ao lado da parede. Ficamos conversando ate a professora entrar era aula de matemática e eu entrei em desespero. Não queria que Justin visse que eu não era boa nessa matéria.
-Sara você esta bem? – perguntou Justin olhando minha cara de desespero – você parece desesperada.
-ai, não! – respondi – e sim estou desesperada porque eu sou péssima em matemática – falei olhando para Justin pedindo ajuda.
-isso não é motivo de entrar em desespero- disse Justin com um sorriso no rosto - eu te ajudo.
-ai Justin, você é um anjo, serio! – respondi com um sorriso no rosto - muito obrigada! Fiquei com vergonha de você ver que eu não sou boa em matemática, alias sou uma negação.
-isso não é problema – ele disse me olhando - eu não sou bom em gramática.
-bom, eu sou boa em gramática – respondi piscando – eu posso te ajudar.
-ótimo – ele respondeu - então te ajudo em matemática e você me ajuda em gramática.
-fechado! – respondi sorrindo e afagando a sua bochecha.
Ele segurou minha mão e me olhou intensamente e dessa vez as minhas bochechas que coraram, ele soltou minha mão e eu olhei para frente. ‘não era possível eu sentir algo pelo Justin’ pensei ‘só o conhecia em menos de quatro aulas, não da pra desenvolver um sentimento assim tão rápido... Ou dá?’
Ignorei os meus pensamentos e prestei atenção na explicação. Às vezes via que o Justin me dava umas olhadas, mas fingi que não as via e continuava tentando prestar atenção. Depois da explicação a professora passou alguns exercícios e como prometido, Justin me ajudou a resolver alguns e depois os outros resolvi por conta própria.
Fiquei um tempo resolvendo ate o sinal bater. Fechei o caderno coloquei o lápis e a caneta no estojo, passei o zíper. Joguei caderno e estojo na mochila na mala e puxei o meu casaco para vestir-lo novamente. Justin me esperava na porta, mas fiz sinal para ele ir à frente, pois tinha algo para perguntar para professora. Depois de perguntar, joguei minhas mochilas nas costas, dei tchau a professora e fui à direção a porta de saída.
Escutei alguns gritos no corredor ao lado como se estivessem discutindo e distingui a voz de Mike, dei meia volta e fui ver o que era. Quando chego ao começo do corredor vejo que era Mike e Justin.
 -já te disseram que ela é minha?! – disse Mike a Justin e enfiando o dedo no peito dele.
-já te disseram que você é um babaca? – respondeu Justin no mesmo tom de voz de Mike e tirando o dedo de Mike de seu peito.
-já te disseram que você é um viado? – disse Mike, Justin deu um passo à frente e encarou Mike - seu garotinho da franja de lado, aposto que não dura um segundo na minha mão!
-aé? Então vamos ver – disse Justin ficando cara a cara com Mike – ta se achando macho pra caralho!
Fiquei com medo de eles brigarem realmente, Justin era muito menor que Mike e não ia dar certo. Sai correndo em direção a eles.
-WTF? –perguntei entrando no meio dos dois - que esta acontecendo aqui?
-esse seu amigo –falou Justin apontando para Mike – falou que você era dele e pra eu ficar longe!
-Mike, o que esta acontecendo – me virei e encarei Mike –você esta ficando louco ?! Eu não sou sua e que idéia é essa de vir comprar briga com o Justin por minha causa?
-eu só... – tentou explicar mike , mas parou quando eu o interrompi.
-... Não Mike, não tenta se explicar! Eu já vi tudo, ok? – falei - não da mais pra gente ser amigos, não desse jeito, não você me falando que eu sou sua e pro Justin ficar longe! E para de drama – falei nervosa quando vi os olhos de Mike cheios de água.
-ele é um babaca, se acha só porque é famoso! – respondeu Mike com uma voz pastosa – e eu não estou fazendo drama! Só não quero deixar de ser seu amigo.
-ele não é um babaca e muito menos se acha. Se você não aceita os meus amigos então infelizmente você não pode ser um deles – falei e vi Mike me olhar com desespero – pensasse melhor antes de vir fazer esse showzinho.  
-mas, Sara– disse Mike com tom de suplica.
-não, não Mike já era – respondi já nervosa - e para de drama, pelo amor de deus! Odeio ver pessoas derramando lagrimas sem motivos – acrescentei quando vi que lagrimas escorriam dos olhos de Mike.
-sem motivos?! – gritou Mike, dei um passo para trás com medo dele – você esta dando preferência a uma pessoa que conheceu a dez minutos ao invés de mim!
 -se você se importasse com a minha amizade não vinha fazer isso – respondi no mesmo tom de voz – não falaria essas merdas pra ele – me virei e apontei para o Justin.
-eu prezo a sua amizade, só quero você longe dele – gritou Mike apontando também para Justin.
Justin o olhava com vontade de matar-lo.
-por que você me quer longe dele? – perguntei olhando para Mike com cara de confusa.
-porque eu te amo – gritou Mike, novas lagrimas escorriam pelo seu rosto másculo.
-Mike, eu-me senti arrependida.
-eu sei você prefere a ele – me interrompeu Mike e me dando as costas.
-Mike – gritei, mas ele já estava andando e me ignorou.
Olhei-o andando pelo corredor chorando e chutando tudo que via pela frente, não agüentei e comecei a chorar também, Justin veio ao meu lado, me abraçou e eu fiquei chorando em seu ombro. Depois de um tempo ele me olhou e enxugou as minhas lagrimas.
-ele é um idiota –disse Justin - não merece você.
-mas, ele era meu melhor amigo – respondi ainda chorando.
-você disse bem, era não é mais. – falou Justin passando a mão em meus cabelos - ele não te merece!
-Justin... – falei olhando ele com lagrima nos olhos.
-vamos, amor eu te levo pra casa – disse Justin me conduzindo com a mão em meu ombro.
-não Justin, minha mãe vem me buscar – respondi tirando a mão dele do meu ombro. Não queria que Mike nos visse assim poderia causar mais problemas.
Começou a tocar uma musica do Paramore, conclui que era o toque do meu celular. Peguei a minha mochila, enfiei a mão dentro e peguei o meu celular. Atendi e era minha mãe.
-alô, filha? – disse ela gritando.
-fala mãe, cadê você? – perguntei.
-ah então, liguei pra isso. Os moveis novos chegaram e eu to arrumando aqui – ela falou, eu revirei os olhos. Justin tentava ouvir, mas não entendia porque falávamos em português- vem andando, ta?! – ela concluiu.
-ah manhê! – falei com voz de manha.
-vem logo – ela falou - e shiu! –interrompeu a minha nova tentativa de manha.
-ai, ta – respondi.
Ela desligou o telefone, eu desliguei também. Coloquei-o no bolso do jeans caso ela ligasse novamente. Comecei a andar de novo com Justin ao lado.
- vocês estavam falando português né? – perguntou Justin olhando para mim – o que ela falou? - perguntou depois que viu que eu concordei.
- que vou ter que ir andando – respondi com olhar cansado.
-viu uma deixa pra você ir comigo de carro – ele falou todo contente.
-pode ser, mas você já pode dirigir? – perguntei com cara de preocupada – você só tem dezesseis anos.
-sim, aqui pode tirar a carteira com dezesseis anos – disse Justin – no Brasil, não?
-ah é verdade, tinha me esquecido – respondi colocando a mão na cabeça – lá no Brasil é só com dezoito anos.
-o Brasil deve ser ótimo né? – perguntou Justin com os olhos iluminados.
-é, é sim. Tem os seus problemas, mas é ótimo – respondi sorrindo e olhando para Justin- alias qual país não tem problemas?
-é você tem razão todos os países têm problemas. – disse Justin – eu sempre quis conhecer o Brasil, a mãe da minha ex-namorada falava que lá só tinha mulheres bonitas. Agora que conheci você vi que ela tinha razão – ele olhou pra mim e sorriu.
Não tive como não retribuir o sorriso.
-Ela já esteve lá? – perguntei para Justin enquanto ele abria a porta do carro para mim. 
- sim - ele respondeu – uma vez e coloque o cinto, por favor.
- ah que legal – respondi encaixando o cinto e me encostando no banco de couro macio – ela deve ter gostado.
- pelo visto sim – disse Justin ligando o radio. Quando viu que estava tocando uma musica dele, o desligou– acho melhor com radio desligado – disse ele olhando para mim.
-você é quem decide – respondi piscando para ele.
- agora você vai ter que me explicar como chego à sua casa – disse ele ligando o carro.
Depois de uns 15 minutos de risos, conversar e explicações do caminho para minha casa finalmente chegamos nela.
-é esse portão preto, pode parar aqui – falei apontando para o portão.
-bom está entregue – respondeu Justin olhando para mim e desligando o carro.
-obrigada Justin – agradeci indo em sua direção para beijar a sua bochecha, mas no momento em que fui beijar ele virou e acabei dando um selinho nele – Justin! – gritei vermelha.
-me desculpa - disse Justin - eu só não resisti.
-acho bom resistir da próxima vez! – respondi mordendo meu lábio.
-vou tentar – disse Justin olhando para os meus lábios e depois piscando para mim.
-ta sem problemas – eu disse já saindo do carro.
-shawty – gritou Justin abaixando o vidro do passageiro – amanha venho te buscar!
-não precisa Justin, minha mãe me leva – eu respondi colocando a chave no buraco da fechadura e girando para abrir– não se preocupa!
-não shawty, amanha quem te leva sou eu – disse Justin piscando – e sem, mas não aceito não como resposta – completou Justin ignorando a minha tentativa de dizer não outra vez.
-não dá mesmo para te contrariar?! – me virei para olhar Justin – ok! Amanha às? – fiquei esperando Justin responder.
- às 06h40 – completou Justin girando a chave e ligando o carro – ate amanha shawty – disse Justin me mandando um beijo.
-ate amanha Justin – respondi entrando em casa no mesmo momento que o carro dele saiu andando.
Fechei a porta, encostei-me à parede e gritei. Isso não poderia estar acontecendo comigo!
Ouvindo o meu grito, minha mãe veio correndo da cozinha com um pano de prato na mão e ficou me olhando achando que havia acontecido algo. Eu comecei a rir e ela voltou pra cozinha me mandando praquele lugar. Ignorei os xingamentos dela e sai correndo escada a cima para o meu quarto, joguei a mochila no chão, peguei o telefone e disquei o numero da minha amiga brasileira Cintia.
-alô- ela atendeu ao telefone com uma voz de sono.
-Cintia – gritei quando ouvi sua voz.
- amiga, há quanto tempo – respondeu ela quando ouviu minha voz.
-eu sei amiga, senti sua falta – falei e senti meus olhos encherem de lagrimas – você estava dormindo? É férias ai no Brasil não é?
-É férias sim, mas pode falar não estava dormindo. – disse ela - Também senti sua falta! Mas me conta alguma novidade?
Começamos a conversar, era tão bom conversar com ela. Mesmo tendo me mudado para New York não tinha perdido o contato com a minha melhor amiga no Brasil ligava pra ela todos os dias para contar as novidades. Contei sobre a escola, os meninos e sobre Justin Bieber. Ela pediu um segundo e eu ouvi um berro do outro lado do telefone, comecei a rir.
-como assim Justin Bieber? – falou ela depois de berrar do outro lado do telefone-você é uma puta sortuda! Como ele é?
 - OMG , ele é lindo – respondi , escutei Cintia suspirar do outro lado do telefone – parece um anjo.
- ai isso eu sei – ela falou com voz de sonhadora – mas, já rolou algo entre vocês dois?
- Cintia –gritei – ele é só meu amigo. Alias, foi só um selinho.
- só um selinho?! E você diz só?! – falou Cintia gritando do outro lado do telefone- da próxima vez você fala foi só sexo.
-Cintia – gritei, mas estava rindo , ela também riu – mas , agora falando serio! Briguei com Mike por causa disso.
- ele viu vocês se beijarem? – perguntou Cintia com tom preocupado.
- não, mas, ficou com ciúmes de como o Justin me tratava e etc. – eu respondi lembrando da briga – você sabe como é o Mike.
- ah cara, que chato – falou Cintia.
-é nem me fala, pior foi quando ele disse que me amava – falei sentido algumas lágrimas caírem dos meus olhos.
- ele disse isso? Mas, e agora? – perguntou Cintia.
- e agora que não tem mais jeito – respondi suspirando.
- ele só estava com a cabeça quente, amanhã ele te pede desculpas – ela falou pra me animar, mas não resolveu.
-espero que sim – falei em um tom nem um pouco convincente.
- mas, olha o lado bom, você conheceu e virou amiga do Justin Bieber – disse Cintia.
- eu sei amor, mas o Mike é o meu melhor amigo – respondi sentindo mais lágrimas escorrendo. Passei a mão para enxugar-las - ou melhor, era – acrescentei.
- ai, ai. Aí é foda – respondeu Cintia decepcionada.
- eu sei, mas tudo bem- falei – eu acho.
- Sara, vem comer! – ouvi minha mãe gritar lá da cozinha.
- amor, minha mãe ta me chamando pra almoçar, amanha te ligo ok?- falei para Cintia – beijos, te amo!
- ok amor, beijos te amo – respondeu Cintia desligando o telefone.
Desliguei o telefone também, o joguei em cima da cama e sai correndo escada a baixo. No meio da escada, parei e lembrei que não tinha mais visto Chloé deis do refeitório. Resolvi que ia a casa dela depois do almoço. Desci os três degraus que faltavam e virei à primeira porta a direita que dava acesso a cozinha.
Escutei meus pais conversando lá dentro e girei a maçaneta, minha mãe ignorou que eu tinha entrado, mas meu pai olhou e sorriu. Retribui o sorriso e fui sentar na cadeira ao lado dele.
-Sara como foi à escola? – perguntou minha mãe com comida na boca.
- foi boa – respondi me servindo um pouco de macarrão.
- e o que aconteceu?– perguntou meu pai me olhando enquanto colocava um pouco de molho no macarrão-algo novo?
- ah sim, algumas salas e professores mudaram alguns alunos novos – respondi enrolando o macarrão - ah e o Justin Bieber ta estudando lá também.
- o Justin Bieber?! – gritou minha mãe cuspindo tudo o que tinha na boca – como assim?
- cara, eu sou a única que não sou fan dele?- olhei para minha mãe com olhar de indignação-sim, ele estuda lá!
-oh meu deus – disse minha mãe limpando a boca – amanha te levo pra escola e você me apresenta a ele.  
- Luciana, para de dar uma de tiete! – disse meu pai para minha mãe. Eu ignorei e continuei comendo.
- ah Roberto, não é sempre que tem um astro pop teen na escola da minha filha- disse minha mãe mostrando a língua para o meu pai.
- você falou muito bem, astro teen, teenager que significa adolescente coisa que você não é faz um bom tempo – disse meu pai olhando pra minha mãe.
- pelo jeito que você fala, pareço que sou uma velha de sessenta anos - respondeu minha mãe revirando os olhos.
Eu comecei a rir.
-mas, também não é uma adolescente para gostar de um menino de doze – falou meu pai dando atenção ao seu prato.
- pra sua informação é dezesseis e... – disse minha mãe sem concluir a frase porque viu que meu pai não prestava mais atenção.
-enfim, ele vem me buscar amanhã – falei olhando pra minha mãe – não precisa me levar e não cospe de novo!
- o que? –gritou minha mãe – você já deu pra ele?
-mãe – gritei meu pai também gritou o nome dela – puta merda mãe, cala a boca! Ele não pode ser meu amigo?
- não quando se refere a um astro teen – disse minha mãe, ignorando o olhar bravo de meu pai - sempre tem um interesse por trás disso.
- mãe, ele é uma pessoa normal – eu falei dando mais uma garfada no prato.
- uma pessoa normal com milhões na conta bancaria-falou ela triunfante.
- Luciana, chega vai! – falou meu pai – já falou muita merda.
- não disse nada de mais – ela falou olhando meu pai com cara de coitada.
- não nada de mais – disse meu pai – você nunca fala nada de mais – meu pai olhou pra ela e ela mostrou a língua de novo.
- bom eu já acabei-falei depois de um tempo de silencio - eu ia ligar pra Chloé, mas acho melhor ir a casa dela.
- ok –disse meu pai – mas, pega uma blusa de frio e bem grossa que agora começou a esfriar mais.
- ok, pai – eu disse me levantando e abrindo a porta da cozinha.
Escutei meu pai reclamando com a minha mãe e ela ficava fazendo voz de criancinha, não tinha como não rir da minha mãe, ela era meio doidinha. Depois de subir as escadas entrei no meu quarto e peguei uma blusa de lã com capuz e meu celular. Desci, peguei minhas chaves, me despedi dos meus pais e sai para as ruas congeladas de New York. Tudo em volta era neve e neblina, as pessoas na rua andavam com a cabeça abaixada para se proteger do frio que parecia que cortava quando passava no rosto e a neve caia sem parar. Cheguei a frente a um portão branco, bati e a mãe de Chloé abriu a porta.
- Chloé esta lá em cima, disse que não queria falar com ninguém – ela me falou dando passagem para eu entrar – você sabe se aconteceu algo?
-acho que sei o que aconteceu- respondi tirando a neve do capuz – posso subir?
- pode sim, ela esta lá em cima trancada – disse a mãe dela com um tom meio preocupado.
-deixa que eu resolvo – respondi subindo as escadas.
Depois de alguns degraus fui ao quarto com a porta branca e com uma bonequinha pendurada nela. Parei em frente ao quarto e bati na porta girando a maçaneta, estava aberta. Eu entrei ignorando o grito de Chloé me expulsando. Sentei ao lado dela ela me olhou com os olhos inchados de choro, me ignorou e enfiou o rosto no travesseiro.
-acho melhor você sair – disse ela por fim - não veio em boa hora e avisei minha mãe que não estou a fim de conversar com ninguém.
- mas, comigo você vai falar – respondi ignorando o seu alerta grosseiro.
- não Sara– ela me olhou - eu disse ninguém e você esta inclusa!
-mas, você é minha melhor amiga e eu estou preocupada com você- respondi. Ela bufou.
- não é o que parece- respondeu ela depois de um tempo.
- Chloé não vai me dizer que é pelo Justin !- levantei e fiquei encarando-a.
Ela olhou pro lado e não respondeu. Eu revirei os olhos pensando o quão criança Chloé era às vezes.
-sim, é pelo Justin – respondeu Chloé ainda olhando para o outro lado.
-ah Chloé eu não acredito – falei com um tom de indignação – isso não pode ser possível!
-pois então acredite – disse ela se virando e gritando – e é sim possível isso acontecer porque ele gosta de você e não de mim.
- Chloé, ele mal me conhece!- respondi.
- mas, mesmo assim!- ela respondeu ainda gritando-eu o amo e ele só têm olhos pra você, aliás, todos só têm olhos pra você! –disse ela apontando pra mim – eu sou sempre o segundo plano. O plano B dos meninos que tentam algo com você e não conseguem.  
- não fala isso –eu falei – é mentira!
- falo sim porque é verdade – respondeu ela ainda aos berros, fiquei com medo da mãe dela escutar – ninguém me olha como eles te olham. Eu não tenho o rosto, a pele, o cabelo e muito menos o rosto que você tem! Sou só uma branquela despeitada que ninguém olha!
- Chloé para de viajar – respondi interrompendo o drama – você é a menina mais bonita que tem naquela escola, e não, não é depois de mim – falei depois de escutar o murmúrio de Chloé –os meninos não olham só para mim , eles olham para você também.
- mas, nada disso me interessa – disse Chloé - porque o menino que eu quero só tem olhos pra você, ou melhor, todos os meninos só têm olhos pra você e eu já cansei disso!
- não isso não é verdade!- respondi.
-Sara não se faça de desentendida porque você sabe que é sim! Eu sou só a amiga da Sara! –disse Chloé em tom de deboche – os meninos só chegam em mim para pedir seu telefone , perguntar as coisas que você gosta ou para ver se tem alguma chance com você . É sempre assim foi Cody, Mike e agora o Justin. Eu já cansei.
- Mike?! –perguntei olhando com os olhos esbugalhados – você já gostou do Mike.
- sim... Ou melhor, não –gaguejou Chloé- eu ainda gosto!
-você gosta do Mike? – eu perguntei com olhar de quem não acreditava.
-é, está surda ou o que?! – disse Chloé ainda parecer brava, mas ela estava vermelha pela situação.
-oh my, Chloé porque você nunca me disse isso? – perguntei gritando.
 -porque ele ama você e não a mim – disse Chloé levantando da cama.
-Chloé para de ser boba, ele é só meu amigo! – respondi quase pulando de felicidade- eu converso com ele e... –parei por um momento lembrando a briga – não da – respondi por fim.
- por quê? – perguntou Chloé com tristeza.
- porque a gente brigou – eu respondi sentando na cama de Chloé.
- por quê? – perguntou Chloé novamente sentando ao meu lado-aconteceu algo?
- sim, ele ficou com ciúmes do Justin e quase bateu nele – respondi olhando para baixo-ele disse que me amava.
Chloé ficou me olhando e eu olhei a janela para ver a neve caindo. Ficamos assim por alguns minutos.
- ah que horas foi isso? – perguntou Chloé finalmente respirando fundo.
- um pouco depois da hora da saída no corredor do lado do ginásio – respondi ainda olhando a neve – acho que a gente não vai ser mais amigos.
- ah que bad – disse Chloé – mas, não desconversa que eu ainda estou brava contigo.
- por quê? – perguntei sem entender o que ela falava.
- porque você roubou meu homem, oras! E ainda pergunta por quê?! – disse Chloé fazendo cara feia, mas mesmo assim ria.
-não tenho culpa se ninguém resiste ao meu charme – respondi jogando os meus cabelos, Chloé riu- mas, agora sem brincar. Me desculpa , ta ? – falei olhando pra ela.
-se desculpar, por quê? – disse Chloé, ela levantou o braço para eu não interromper – eu que tenho que me desculpar por tudo que fiz e falei, não posso obrigar a ninguém a gostar de mim e muito menos ficar brava por isso.
-bom obrigar ate que pode – falei, ela me olhou com cara de confusa – agarra o Justin amanha na hora da saída. Amarra as mãos e pernas dele e joga ele dentro de um carro. Ele vai gritar que te ama na hora – conclui rindo ela ria também.
-vou tentar fazer isso, talvez de certo – falou Chloé rindo.
Ficamos rindo por alguns minutos, olhei para o relógio e dei um pulo, já marcavam 16h00.
-preciso ir – falei pegando o meu casaco.
-ah por quê? –perguntou Chloé com cara triste.
-tenho visita às 16h30 e se eu não estiver lá minha mãe me mata – falei, Chloé riu.
-então acho melhor você ir – ela disse me olhando na porta – ate amanha, eu te amo!
- ate amanha – respondi –você vai ficar bem né? –parei para olhar o rosto de Chloé
-sim eu vou – disse ela abraçando uma almofada.
-ok, acredito em você - falei girando a maçaneta da porta – eu também te amo!